segunda-feira, 30 de julho de 2012

true ♥




"Eu e o Peeta voltamos a aproximar-nos um do outro. Há ainda momentos em que ele se agarra às costas da cadeira e se aguenta até as recordações se apagarem. Eu acordo a gritar com pesadelos de mutes e crianças perdidas. Mas os braços dele estão lá para me reconfortar. E por fim os lábios dele. Na noite em que sinto de novo aquela coisa, a ânsia que me dominou na praia, percebo que isto teria acontecido de qualquer maneira. Que o que preciso para sobreviver não é do fogo do Gale, ateado com raiva e ódio. Eu própria tenho muito fogo. O que preciso é do dente de leão na primavera. O amarelo vivo que simboliza renascimento e não destruição. A promessa de que a vida pode continuar, por piores que tenha sido as nossas perdas. Que pode voltar a ser boa. E só o Peeta é capaz de me dar isso.
Por isso, mais tarde, quando ele murmura: - Tu amas-me. Verdade ou mentira?
Eu respondo: - Verdade."


The friendship is the best way to love @

Eu conhecia aquele olhar, e por mas que o quisesse ignorar era impossível. Aquele olhar era demasiado profundo.                
Era como se estivesse num filme, era impossível ser realidade! Mas a verdade era que era a vida real.                
Ele agarrou-me, puxou-me contra o seu peito quente e duro. Eu debati-me com a sua força e os meus sentimentos.                
A voz dele estava grave e áspera, quando ele disse:                
- Por favor, não me faças isto. Sabes aquilo que acho sobre essa ideia maluca e irresponsável.                
Virei a cabeça e sussurrando, respondi:               
 - As minhas ideias são minhas e agora se não te importas larga-me! - disse chorando.
 Estava a chover e parecia que a sua preocupação por mim não o deixava largar-me. Ele tinha me feito sofrer, deixando-me sozinha na sua sombra.E agora era como se algo se tivesse dado uma volta de cento e oitenta graus, ele já não parecia desentendido com a situação, pois cada vez que eu falava sobre isso com ele, ele fingia que não sabia de nada. Desta vez foi diferente, o calor do seu corpo fez com que eu me sentisse aconchegada.Ele pegou no meu queixo com suavidade e levantou-me a cara, para eu olhar para os seus olhos. O mais impressionante disto tudo é que ele estava a chorar, tal como eu.Eu ri-me, e a sua cara de intriga perguntava-se porque é que eu me estava a rir. A resposta era simples, básica, e fácil de responder: nunca na minha vida o tinha visto a chorar. Eu conhecia-o desde pequena e nunca, mesmo nunca tinha assistido a uma coisa como aquela.
-Sabes eu nunca te tinha visto a chorar, nem mesmo quando levavas as tampas que algumas raparigas te davam- ri-me.
-Isso é porque eu nunca me tinha sentido tão protector em relação a alguma delas. Tu és a minha vida e se te acontecesse alguma coisa eu não me perdoaria. 
-À sim, mas quando eu fiz aquela grande asneira tu não ficas-te assim. Eu perdi-te e isso já foi há muito tempo, e que eu saiba o tempo não volta atrás.
-Eu só te deixei ir, porque achava que assim tu irias ficar mais protegida e podias ser livre à tua maneira, e não ficar presa a um bronco como eu!
-Sim, mas eu gosto de broncos como tu. E tu és o único que gosto, nunca gostei tanto de alguém, como gosto de ti!
O seu olhar pareceu enfurecido, e eu inquiri:
-O que se passa?
Ele beijou-me a testa, pegou-me na mão e começou a correr que nem um louco. Eu ai atrás, com as minha pernas fracas e com pouca resistência a correr, praticamente, à mesma velocidade que ele, pois não o queria perder novamente. Houve apenas uma pequeno problema, eu como não conseguia aguentar mais, sem querer gritei a pedir satisfações:
-Pára! Mas porque é que estamos a correr? De quem é que estamos a fugir? És capaz de me dizer? Ou vais me continuar a esconder coisas?
-Acredita que é só para o teu bem. E agora apressa-te, não quero que eles te apanhem.
-Mas que raio! Quem são ele?! Exijo uma resposta!-Agora não há tempo para explicações, por favor Lea apreça-te.
Eu estava exausta, e sem folgo. Estava a suar e a derramar sangue pelas mãos, por causa da força exercida por Mark, nas minhas mãos. Ele queria que eu corresse, mas a minha fraqueza era mais forte. Ele por mais rude que fosse, era compreensivo. Ele agarrou em mim, pegou-me ao colo e começou a correr. Eu supliquei que me pusesse no chão, mas o rapaz que eu conhecia já não era só um rapaz, era o guarda, pelo que ele dizia. Correu para dentro da floresta, e eu não consegui ver nada no meio daquela escuridão, então fechei os olhos e adormeci.